quinta-feira, 11 de novembro de 2010

HUSKY SIBERIANO




Origem: Sibéria
Esperança de vida: 15 anos
Classificação: Raça de Trabalho
A ltura: 51 para 60 cm
Peso: 16 para 27 Kg


História


A história do aparecimento Husky Siberiano é interessante porque ilustra parcialmente como a relação (de utilidade) estabelecida entre o homem e o cão pode ser baseada no respeito pela raça. Há mais de 2500 anos atrás o nordeste asiático era povoado por uma comunidade indígena denominada Chukchi. Exposta a um dos climas mais inóspitos do mundo, a sobrevivência era assegurada com a ajuda de grupos de Huskies que puxavam os trenós do seu dono percorrendo longas distâncias, levando os seus donos aos locais onde pudessem pescar. Por serem de pequeno porte e relativamente leves, tornaram-se rápidos e gastavam muito pouca energia.


Esta característica foi muito importante, já que o pequeno consumo de energia permitia-lhes superar as temperaturas extremamente baixas do Inverno siberiano que atinge facilmente os 60 graus negativos!


Daqui decorre que no seio daquela comunidade, o respeito pela raça fosse visível, não só na dimensão religiosa, mas também económica. Isto porque a iconografia da fé representava muitas vezes estes bravos e pequenos cães. Os melhores exemplares desta raça eram possuídos pelos mais ricos da sociedade que ganhavam prestígio nessa aquisição.


A pureza da raça parece ter sido mantida pelos Chukchi durante todo o século XIV e são estes os verdadeiros ancestrais do actualmente conhecido Husky Siberiano.


Foi com a corrida ao ouro no Alasca, que as suas capacidades foram reconhecidas. Naquela época, os trenós puxados por cães consistiam na única rede de transportes existente e a competição entre equipas tornou-se frequente.


A introdução da raça nos EUA fica a dever-se a Leonard Seppala que consegue que, em 1930, a raça seja reconhecida pelo Kennel Club americano. Oito anos depois, é fundado o primeiro clube da estirpe em território americano.


Durante a II Guerra Mundial, a raça destaca-se pelo trabalho desempenhado na busca e resgate.


Atualmente, este cão é respeitado a nível mundial, sendo representado por mais de vinte clubes que protegem a sua criação.


Temperamento


O Husky é um cão muito activo e independente, talhado para trabalhar arduamente em grupo. A sua forte personalidade, aliada a uma fina inteligência, faz com que estes cães não sejam aconselhados a donos com pouca experiência, uma vez que facilmente se tornam dominantes e invertem a “hierarquia”.


Necessitam pois de uma educação positiva e consistente, que se inicie na sua infância por um dono experiente. Paciência e persistência são atributos a ter em conta se queremos que respeite as nossas regras.


Paralelamente, são cães muitos sociáveis, que adoram as pessoas e não apreciam ser deixados sozinhos. Desenvolvem uma boa relação com as crianças porque são muito pacíficos. No entanto, são hostis a animais de estimação que não conheçam.


Descrição


A grande popularidade do Husky deve-se também à sua aparência apelativa. É um cão de tamanho médio, cuja altura na cernelha varia nos machos entre os 53 e os 60 cm e nas fêmeas entre os 51 e os 56 cm. O seu peso oscila entre os 20e os 27 Kg, nos machos, e entre os 16 e os 23 Kg, nas fêmeas.


A pelagem é dupla e de comprimento médio, com uma aparência bastante felpuda. O subpêlo é macio e denso e a pelagem exterior é recta e macia. Na cauda, o pêlo é de comprimento médio e dá a aparência de uma “vassoura” redonda, por ter um tamanho relativamente idêntico na inserção, lados e por baixo.


Todas as cores do branco puro ao preto são permitidas e existe uma variedade notável de marcas.

A cabeça de tamanho médio é proporcional ao corpo e relativamente arredondada. O focinho tem um comprimento médio, ou seja, a distância que vai desde a ponta do nariz ao chanfro é igual à distância desde o chanfro ao occipital. A cana nasal é recta e o stop é bem definido. A largura do focinho é média, os lábios são pigmentados e secos e os dentes apresentam uma mordida em tesoura. O nariz é preto nos cães cinza, canela os pretos; fígado nos cães avermelhados; cor de carne nos cães brancos puros. Existe ainda um tipo de exemplares que apresenta o nariz raiado de rosa.


As orelhas têm um tamanho médio e formato triangular e apresentam-se erectas. São grossas, peludas, e inseridas alta na cabeça, ligeiramente arqueadas atrás. Os olhos são amendoados, moderadamente espaçados, e inseridos um pouco obliquamente. Possuem uma expressão penetrante, amistosa e interessada. Podem ser castanhos ou azuis ou um de cada cor. De facto a cor dos olhos parece atrair muitas pessoas. É comum encontrar exemplares com um olho de cada cor ou mesmo com os olhos particoloridos (duas cores no mesmo olho), o que não considerado falha genética.


O seu corpo é relativamente compacto, dotado com uma movimentação leve, livre e esbelta, que não aparenta qualquer esforço. O pescoço de tamanho médio, é arqueado e portado de forma altiva quando o cão está parado. Durante o trote, o pescoço estende-se de modo a que a cabeça seja portada ligeiramente para a frente. O peito é profundo e forte, mas não muito largo. As costelas apresentam-se bem arqueadas a partir da coluna, e achatadas de lado, característica que lhe concede liberdade de movimento.


Nos ombros, a omoplata está disposta bem para trás num ângulo de aproximadamente 45 graus em relação ao chão. Os músculos e ligamentos que sustentam o ombro à caixa torácica são firmes e bem desenvolvidos. O dorso é recto e forte e a sua linha superior está nivelada da cernelha à garupa.
O lombo seco e firme, é mais estreito que a caixa torácica e ligeiramente esgalgado.


Quando vistas de frente, as pernas dianteiras são moderadamente espaçadas, paralelas e rectas, com os cotovelos junto ao corpo sem virar para dentro ou para fora. Quando vistas de lado, os metacarpos são ligeiramente inclinados com as articulações dos metacarpos fortes contudo flexíveis. A ossatura é substancial mas nunca pesada. O comprimento da perna, é relativamente maior que a distância do cotovelo ao topo da cernelha. O pezunho é normalmente removido. As pernas traseiras são moderadamente espaçadas e paralelas. As sobrecoxas são musculosas, os joelhos bem angulados, as juntas dos jarretes bem definidas e baixas em relação ao solo.


Os pés de formato oval são de tamanho médio, compactos e peludos entre os dedos e as almofadas plantares. Estas últimas são duras e bem acolchoadas. A cauda inserida exactamente abaixo do nível da linha superior, é geralmente portada sobre o dorso numa graciosa curva de foice quando o cão está atento. Quando portada para cima não deve enrolar nem ficar achatada contra o dorso. É normal a cauda caída e pendente quando o cão está a trabalhar ou em repouso.


As sobrecoxas são musculadas, os joelhos bem angulados, as juntas dos jarretes bem definidas e baixas em relação ao solo. Os pés têm uma forma oval e não são longos, tamanho médio, compactos e peludos entre os dedos e as almofadas plantares. As almofadas plantares são duras e bem acolchoadas e os pés não viram para dentro ou para fora quando o cão estiver numa postura normal. A cauda é peluda a lembrar as das raposas. Inserida exactamente abaixo do nível da linha superior, geralmente portada sobre o dorso numa graciosa curva de foice quando o cão está atento. Quando portada para cima não deve enrolar nem ficar achatada contra o dorso. É normal a cauda caída e pendente quando o cão está a trabalhar ou em repouso.


Observações


Esta raça tem uma esperança média de vida que pode ultrapassar os 15 anos de idade, pelo que é considerada genericamente muito saudável. Existe porém a hipótese de desenvolver problemas de visão (tais como cataratas e atrofia progressiva da retina) e displasia da anca.


O seu pêlo precisa ser escovado ocasionalmente e só deve ser aparado nos pés.


Estes cães necessitam de praticar diariamente exercício físico (entre uma a duas horas). Adoram correr livremente e saltam com facilidade as vedações pouco altas, por isso há que tê-lo bem protegido.


Também apreciam o tempo frio e o ideal é que vivam fora de casa com acesso a uma área devidamente cercada.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

SHAR PEI



Origem:

A origem do Shar-Pei é incerta. Pode ser um descendente do Chow Chow, a quem assemelha-se pela "língua azul". É possível que tenha surgido inicialmente no Tibete ou no Norte da China há 20 séculos, sendo que os primeiros exemplares da raça eram bem maiores do que os atuais O tipo físico original do Shar-Pei foi se perdendo na própria China, a partir do final da década de 40. Foi o preço pago pelo mundo canino em conseqüência da Revolução Comunista no país, em 1949. Nessa época, a raça quase foi extinta. A posse de cães e outros animais de estimação virou um luxo proibido. Abriu-se uma exceção para os cães de camponeses que comprovadamente os usavam para caça. Os demais só poderiam ter o direito de existir se seus proprietários arcassem com multas altíssimas. Caso contrário, a sentença era a execução,cumprida pelos soldados de Mao Tse Tung. Os cães "não trabalhadores" do país viram alimento para o povo esfomeado

Característica:

De aparência exótica e bastante singular, o Shar-Pei é um cão compacto, ágil e forte, caracterizado pela pele solta que forma pregas pelo corpo. Tem orelhas pequenas e retangulares, dobradas em direção aos olhos. Sua cauda é vertida em direção ao tronco e sua pelagem é curta e eriçada.

Parece estar sempre um pouco "triste", mas é um cachorro alegre e que se adapta bem à casa. Tranqüilo e leal, tem particular facilidade em se relacionar com as crianças.

A principal característica física da raça – a abundância de rugas – foi recentemente alterada pelos chineses, mas quando filhote o Shar-Pei ainda é considerado o cão mais enrugado do mundo.

Essas características rugas do Shar-Pei requerem cuidadas especiais, já que entre suas dobras acumulam-se facilmente sujeira e umidade, podendo ocasionar seborréia, dermatite e micose, ocasionando eventuais feridas na pele (que podem evoluir para um câncer de pele) e mesmo mau cheiro.

Para evitar este quadro, a única recomendação segura é manter o cão sempre bem seco e limpo. De preferência após o banho o dono deve secá-lo com uma toalha e deixá-lo ao sol a fim de eliminar os resquícios de umidade

As rugas da cabeça podem também causar problemas de vista, especialmente se caem na frente dos olhos, pois acabam fazendo com que as pálpebras e cílios entrem nos olhos (entrópio), causando uma irritação que pode evoluir para lesões na córnea, levando à cegueira. Para evitar isso, recomenda-se que se dê 3 pontos nas pálpebras do cão ainda filhote a fim de que se formem "pregas" que impedem que as pálpebras caiam sobre os olhos. Esse procedimento só surte efeito quando o cão é filhote, pois a musculatura está em processo de desenvolvimento, o mesmo não cabendo para o cão adulto, com a musculatura desenvolvida. Neste caso, o único recurso é uma cirurgia definitiva, que retira parte de pálpebra. Assim, ao primeiro sinal de irritação nos olhos é conveniente procurar um veterinário para um diagnóstico preciso.

SER SHAR PEI É:

  • Aprender rapidamente os hábitos de higiene
  • Gostar de ficar deitado ao lado dos donos, na maior tranqüilidade.
  • Nada de grandes agitos e correrias.
  • Dar-se bem com pessoas estranhas
  • Nem sempre gostar de outros cães, herança das raças de luta
  • Viver bem em lugares grandes ou pequenos
  • Ser caseiro, de fácil adaptação
  • Não precisar de mais de 15 minutos de passeio por dia
  • Latir pouquíssimo
  • Gostar de crianças, ainda que canse logo e não agüente horas de folia
  • Chamar atenção onde quer que esteja
  • Conquistar corações com um jeito especialmente envolvente e cativante.

PADRÃO DA RAÇA

APARÊNCIA GERAL: forte e compacto. Shar-Pei significa "Pele de Areia". A pele deve ser flexível e áspera, enquanto a pelagem é curta e eriçada. Na sua infância, ostenta pesadas pregas por todo o corpo. No cão adulto, as pregas pronunciadas, ficam limitadas á cabeça e cernelha.

PROPORÇÕES IMPORTANTES: o comprimento do tronco, do esterno à nádega, é, aproximadamente, igual à altura na cernelha; as fêmeas podem ter o tronco, sutilmente, mais longo. O comprimento do focinho é, aproximadamente, igual ao do crânio.

COMPORTAMENTO - TEMPERAMENTO: ativo e ágil. Calmo, independente leal e afeiçoado às pessoas.

CABEÇA

REGIÃO CRANIANA: o crânio é arredondado e largo na base, mas achatado e largo na frente.

Stop: moderado.

PREGAS: as pregas da pele, na cabeça, devem ser profundas sem, entretanto, obstruir os olhos. A descrição chinesa da forma da cabeça é "Who Lo Tau", que significa, cabaça. Essas rugas fazem, na fronte, uma marca, que reporta ao Símbolo da Longevidade na China. Essa característica é essencial para a raça, porque, a Marca da Longevidade, aparece, apenas, em felinos, como os tigres e os leões. Em cães, apenas, nas raças do tipo mastife.

Cuidados:

Alimentação: Forneça ração de boa qualidade ao seu cão 2 vezes ao dia na quantidade indicada pelo fabricante. Comida caseira, gordura, farináceos e molhos são prejudiciais, por não conter o nível nutricional essencial que seu cão necessita, podendo causar também dermatite. Não esqueça de deixar a disposição água fresca à vontade.

Higiene:

O Shar-pei detesta chuva e sujeira, por isso não precisa muitos banhos. Quando necessário, escolha um dia quente para o banho. Utilize sabão de côco, enxugue bem as suas dobrinhas evitando assim, assaduras, dermatites e sarnas. Verifique sempre os ouvidos se estão bem secos, se ainda estiver molhado, seque com cotonetes com cuidado. Mantenha sempre as rugas limpas e secas. Oleosidade excessiva também pode causar dermatite.

Para manter os olhos limpos lave-os periodicamente com chá de camomila gelado. Se as pálpebras virarem para dentro (entrópio por excesso de rugas) é necessário cirurgia corretiva. Alguns criadores dão pontos nas pálpebras dos filhotes para minimizar o problema.

Acomodações:

Partindo da premissa que o seu cão é um novo membro da família escolha um bom lugar para ele ficar, dentro de casa. Confeccione uma caixa para servir de cama, coloque algum pano, tipo cobertor, no inverno o Shar-pei sente muito frio, não deixe o seu cão dormir em lugares úmidos ou com vento. O piso a onde o seu cão ficará maior tempo não deve ser liso como lajota, cerâmica, etc... De preferência use piso de cimento não muito áspero ou carpete, para não prejudicar o seu desenvolvimento.

Vacinação:

Vacine mensalmente seu cão até os 5 meses, vacinas estas que deverão ser administradas por um veterinário competente. Aos 6 meses não esqueça de vacinar contra Raiva. Revacinar anualmente.

De 3 a 4 dias antes de cada vacina, desvermine o seu cão Após as vacinas administre o vermífugo quando necessário. O seu cão não poderá entrar em contato com outros cães não vacinados até terminar todas as vacinas.As informações deste artigo foram fornecidas pelo